Pessoas com 50+ têm inteligência emocional para os desafios dos tempos atuais e condições de aprender novas tecnologias, além de se adaptarem aos novos padrões
Por Ricardo Gomes, especialista em MBA Gestão, Empreendedorismo e Marketing
Em um mundo que persegue a juventude como um pote de ouro no fim do arco-íris, não é de se estranhar que o modelo de negócios mais inspirador criado, as startups, se transformasse em uma ideia de empresa apenas para jovens. Mas isso não é uma verdade absoluta.
Profissionais com mais de 50 anos são essenciais ao desenvolvimento dos projetos que nascem das jovens mentes disruptivas, pois oferecem a solidez do conhecimento e da experiência. E, não apenas isso, pressupor que somente quem tem menos tempo de vida é capaz de criar um produto inovador é uma prática preconceituosa e absolutamente restritiva.
É verdade que cada vez mais pessoas com menos de 50 anos ocupam cargos de liderança e isso é um processo natural, de avanço de ideias e conceitos. No entanto, se esses jovens profissionais optarem por práticas restritivas quanto aos “maiores de idade”, estarão deixando de lado não apenas um potencial intelectual desenvolvido, mas retrocedendo à visão parcial e limitante que por muito tempo os impediu de serem plenamente ouvidos.
Pessoas com 50+ têm inteligência emocional para os desafios dos tempos atuais e condições de aprender novas tecnologias, além de se adaptarem aos novos padrões.
A evolução é dar espaço de fala igualmente a todos com foco na capacidade de resultados. Saber ouvir ideias, respeitar a vivência do outro e compartilhar experiências são o desafio e a disrupção da nova era.
Pessoas com 50+ têm inteligência emocional para os desafios dos tempos atuais e condições de aprender novas tecnologias, além de se adaptarem aos novos padrões. Antigo é pressupor que eles não estão abertos a aprender. Retrógrado é excluí-los deste novo modelo de negócio.
O Rio Grande do Sul tem uma expectativa de vida de 77,26 anos (fonte DEE/SPGG). Essa realidade faz com que os profissionais fiquem por mais tempo no mercado de trabalho, seja pela necessidade de existência ou pelo interesse de manterem-se ativos. Com isso, ganham eles e as startups, que terão profissionais mais qualificados e com uma visão do todo, uma vez que a experiência de vida permite ler melhor cenários, compreender mais ciclos econômicos e evolutivos.
As startups que abrirem oportunidades para esses profissionais terão um ás na manga para se tornarem o tão sonhado unicórnio.