Por Cristhian Bini* – Não podemos negar que, a despeito da idade ou do contexto social, direta ou indiretamente dependemos da tecnologia, quer queiramos ou não. Ser dependente de alguma coisa pode ser assustador: o que farei da minha vida sem isso? Essa dependência de algo que não se conhece bem torna tudo mais complicado. Mensurar essa relação com a tecnologia é de suma importância, pois ser dependente de algo que sequer tem coração é extremamente arriscado.
Mas a própria tecnologia tem algo a nos ensinar sobre vulnerabilidade e insegurança. Temas como espelhamento, redundância e backup fazem parte desse contexto. Imaginemos o seguinte cenário: a internet deixa de funcionar no mundo todo por 24 horas. Pensem no caos que isso acarretaria: quantos serviços que estão interligados deixariam de funcionar? Mas isso não vai acontecer tão facilmente, pois boa parte da internet hoje no mundo é descentralizada, o que nos garante um nível a mais de segurança contra esses tipos de incidentes.
E existem soluções e ferramentas para prevenir esses tipos de incidentes aos quais estamos suscetíveis. A grande rede mundial de computadores já passou por constantes aperfeiçoamentos e melhorias. O que não significa que sua casa, empresa ou cidade não possa ser afetada pela falta da internet. Em alguns casos, se esse serviço vier a falhar, acarretaria inclusive risco de morte de pessoas, tal é o grau de importância e influência da tecnologia e da comunicação em nossos dias.
Para compreendermos um pouco dessa situação: quem já perdeu ou teve seu celular roubado e ficou incomunicável, ou foi hackeado e precisou mudar todas as suas senhas dos aplicativos, entende a sensação de pânico e impotência que surge nesse momento.
O fato é que a tecnologia veio para ficar, e temos que nos adaptar. O que resta é nos munirmos do máximo de informações possíveis para estarmos atentos e preparados para ações rápidas e pontuais na ocorrência de eventos desagradáveis.
Talvez seja prazeroso aceitar e lidar com todas essas questões tecnológicas, com inúmeras possibilidades e avanços que nos permitem facilitar nossa rotina ao evitar filas, deslocamentos, preocupação com rotas, localização, pagamentos etc. Porém, ainda é um grande obstáculo para muitas pessoas que se intimidam diante da “complexidade tecnológica”, especialmente as mais idosas.
Com um bom olhar é possível compreender mais sobre todo esse avanço tecnológico no cenário atual. Entender a tecnologia, em síntese, é descobrir que a finalidade dela é facilitar as nossas vidas. Pode ser estranho em um primeiro momento assimilar todo esse excesso de informação, termos e jargões totalmente novos, mas, com o tempo, tudo acaba se tornando intuitivo e natural.
A popularização da internet teve início no Brasil em 1995. Em seguida, vieram os demais recursos agregados, como os mensageiros instantâneos. Surgiram sites, blogs, lojas virtuais, programas com as mais diversas funcionalidades, especialmente aqueles facilitadores de comunicação e transmissão de informações. Até o modelo de educação tradicional precisou se modernizar e se adaptar para o enquadramento nessa nova realidade.
Não podemos negar que essa acessibilidade facilitou as interações e a comunicação em nossas vidas. Hoje um aplicativo como o WhatsApp, por exemplo, agrega em si só muitas outras funções além de ligação e envio de textos, é possível enviar áudios, imagens, vídeos, localização, pagamentos, contatos, lista de transmissão, grupos e muito mais.
A tecnologia chegou para facilitar e revolucionar nossos paradigmas. Nesse sentido engana-se quem pensa que a tecnologia mais atrapalha do que ajuda.
Cristhian Bini é instrutor de formação profissional do curso técnico em informática do Senac em Uberlândia
Fonte: A influência da tecnologia em nossas vidas | O TEMPO
— Foto: Ilustração/O Tempo