Por Evandro Reis* – De acordo com pesquisa realizada pelo Analysis Group, o metaverso tem o potencial de contribuir com 2,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) global no décimo ano após o começo de sua adoção. Para se ter uma ideia, se esse início for em 2022, a contribuição seria de US$ 3 trilhões até 2031.
Visto como uma versão integrada da internet, porém com o diferencial de estarmos dentro dela, em vez de apenas acessá-la, o metaverso é uma rede de experiências, aplicativos, dispositivos e infraestrutura interconectadas. Esse ambiente, que mescla os mundos físicos e digitais, já não é mais futuro, é um presente que está sendo criado e chegará às empresas e, posteriormente, às pessoas. E em se tratando do Brasil, uma pesquisa realizada pela Toluna, que investiga o mercado por meio de insights, mostra que 80% dos brasileiros nunca acessaram esse mundo virtual, sinal de que há um vasto campo a ser explorado por aqui.
Para as empresas que querem explorar esse conceito, há diversas aplicações de metaversos, desde iniciativas de posicionamentos de marcas, como questões de patrocínio, até construções completas de plataformas digitais. Independente de qual seja essa exploração, a vantagem é a criação de relacionamentos com gerações que estão se afastando de negócios mais tradicionais, ou seja, sem engajamento com os fatores emocionais e experimentais.
Um modo de aproveitamento do metaverso é a produção de shows e isso será revolucionário. Na vanguarda deste movimento, o rapper norte-americano Travis Scott produziu um show no jogo Fortnite 2020 assistido ao vivo por 12 milhões de jogadores e por mais 180 milhões de fãs posteriormente. Imagine quando tivermos óculos imersivos e som espacial? Poderemos assistir ao show onde quisermos, de qualquer ângulo, sem sair de casa, uma experiência muito mais prazerosa do que pela televisão.
Apesar da forma mais óbvia de experimentar o metaverso ser por meio de games, outras possibilidades, como na área médica, já estão acontecendo. A primeira aplicação prática é o uso de Realidade Virtual para combate a doenças crônicas. O EasyVRx é um sistema que reduz consideravelmente o uso de medicamentos que têm sérios efeitos colaterais no combate à dor.
Uma dica para dar os primeiros passos no metaverso: experimentar, colocar a mão na massa, definir algumas hipóteses e testá-las. Outra recomendação é iniciar a presença nas principais plataformas, como Fortnite, Sandbox e Decetraland. O metaverso é um caminho inevitável para as marcas que desejam se destacar e proporcionar uma experiência marcante para seus clientes, colaboradores e parceiros.
*Evandro Reis é vice-presidente de Tecnologia e Business Development na Globant, empresa nativa digital focada em reinventar negócios por meio de soluções tecnológicas inovadoras.
Fonte: https://capitaldigital.com.br/como-viabilizar-a-entrada-de-uma-empresa-no-mundo-dos-metaversos/