O ChatGPT, claro, lidera a corrida. E quem vem depois?
A corrida pelo melhor chatbot é, sem dúvida, uma das principais disputas no setor de tecnologia atualmente. E o ChatGPT está, por enquanto, liderando com folga. Mas outras gigantes estão apostando pesado nas inteligências artificiais generativas. E essa disputa pode, inclusive, reorganizar a hierarquia das big techs.
Relembrando o ChatGPT
- ChatGPT, da OpenAI, é um modelo de linguagem baseado em inteligência artificial.
- O serviço é gratuito, mas já existe uma versão paga, chamada de ChatGPT Plus.
- Embora o serviço seja oferecido em inglês, você pode conversar com o robô em português.
- É o aplicativo de consumo com crescimento mais rápido da história.
Microsoft
A Microsoft saiu na frente nessa disputa por incorporar chatbot em suas plataformas – pelo menos cronologicamente. A empresa lançou versões atualizadas do buscador Bing e do navegador Edge, que agora são turbinados com o ChatGPT. Lembrando que a Microsoft é uma grande investidora da OpenAI e pode aproveitar a tecnologia por trás do ChatGPT. Até agora, há resultados positivos e outros nem tanto. O novo Bing chegou até a ter uma crise existencial. Nós testamos as novidades e você pode conferir a análise aqui.
O Google se apressou assim que a Microsoft começou a se mexer. Em oito de fevereiro, lançou o chatbot Bard. Mas ele não estreou muito bem e cometeu um erro de informação referente ao Telescópio Espacial James Webb. A pressa pela apresentação irritou até funcionários da empresa. De acordo com o Google, a inteligência artificial se baseia em informações da Web para fornecer respostas novas e de alta qualidade.
A empresa afirma que você poderá usar o chatbot para uma série de tarefas, como planejar um chá de bebê, comparar dois filmes indicados ao Oscar e obter ideias de receitas com base nos ingredientes que você tem na geladeira. Atualmente, o Bard está disponível apenas para um grupo de teste limitado, com disponibilidade mais ampla chegando nas “próximas semanas”.
Meta
A Meta diz que vai “turbinar” seu uso de inteligência artificial com nova equipe que planeja adicionar habilidades da tecnologia ao WhatsApp, Facebook Messenger e Instagram, disse o presidente-executivo Mark Zuckerberg. O primeiro objetivo será empregar IA generativa para melhores “ferramentas criativas e expressivas”.
A companhia já tentou trabalhar com este sistema, mas não foi bem-sucedida. Um sistema, o Galactica, foi treinado em 48 milhões de artigos científicos em tentativa de entender melhor a pesquisa. Mas a Meta fechou a Galactica depois de apenas dois dias em 2022 por erros matemáticos e resultados não confiáveis.
No início de fevereiro, a Meta lançou novo chatbot de IA chamado LLaMA para pesquisadores aprovados. A empresa está tentando direcionar a indústria de IA para o uso construtivo da tecnologia e controlar problemas como preconceito, toxicidade e alucinações – termo usado quando uma IA inventa informações que simplesmente não são verdadeiras.
Anthropic
A Anthropic, empresa de pesquisa de inteligência artificial fundada por ex-funcionários da OpenAI em 2021, está trabalhando em um chatbot chamado Claude, que ainda não foi lançado ao público. O Google investiu US$ 300 milhões na companhia no final do ano passado.
A pesquisa da empresa envolve um treinamento do modelo de linguagem com um conjunto de instruções usados para revisar as respostas automaticamente. A ideia é treinar assistentes de IA melhores e mais “inofensivos”, de acordo com a Anrthopic.
A Scale, uma plataforma de dados de IA, teve acesso ao Claude. O relato é de que o serviço poderia servir como um concorrente “sério” do sistema feito pela OpenAI e que o bot estava “mais inclinado a recusar solicitações inapropriadas”. No entanto, ele apresenta algumas desvantagens, como erros factuais e matemáticos. Por enquanto, o público em geral não pode acessar o Claude, que está disponível apenas para algumas empresas.
You.com
A You.com, uma empresa construída por dois ex-funcionários da Salesforce, se apresenta como o “mecanismo de busca que você controla”. À primeira vista, pode parecer um mecanismo de busca típico, mas vem com uma ferramenta de “chat” com inteligência artificial que funciona de maneira muito parecida com a que a Microsoft está testando no Bing. Assim como a IA da Microsoft, o YouChat pode fornecer respostas para vários tipos de consultas, criar resumos de artigos da web, gerar código, escrever ensaios e muito mais. A ferramenta foi ao ar em dezembro de 2022.
Alibaba
Em fevereiro, a gigante chinesa disse à CNBC que estava testando internamente um chatbot. A empresa vem trabalhando na inteligência artificial generativa desde 2017, mas não deu muitos detalhes a respeito. O maior desafio, talvez, não seja tecnológico – e sim burocrático.
Um relatório do Nikkei Asia indica que o governo da China já disse à Alibaba que seria necessário restringir o acesso do ChatGPT. A justificativa é de que o chatbot poderia trazer conteúdos sem censura. Além disso, empresas do setor terão que consultar Pequim antes de disponibilizar suas próprias inteligências artificiais do tipo ao público. Regras semelhantes provavelmente se aplicarão a todas as outras empresas chinesas que desenvolvem chatbots de IA.
Baidu
Apesar de estar sujeita a essa mesma limitação futura que a Alibaba, a Baidu parece ter tomado a dianteira dessa disputa no país. A companhia se prepara para lançar o Ernie Bot em março. A empresa é mais conhecida por seu mecanismo de busca e por serviços de internet, como a plataforma de mapeamento Baidu Maps. Assim como no caso de Microsoft e Google, a ideia da Baidu é integrar o Ernie ao mecanismo de buscas.
Imagem: JRdes / Shutterstock
Com informações do portal The Verge
Fonte: olhardigital – Conheça as empresas em busca do chatbot perfeito