Escritores usam Inteligência Artificial para acelerar produção literária

Ela já está dominando os mais variados aspectos da nossa realidade. Desde a observação espacial até a engenharia genética, passando inclusive pela psicologia, a Inteligência Artificial (IA) vem sendo cada vez mais usada e explorada pelos seres humanos para nos auxiliar no desenvolvimento de tarefas simples e complexas.

E isso já chegou à literatura. É difícil imaginar um único autor produzindo uma obra completa a cada 50 dias, mas é exatamente o que a escritora Jennifer Lepp revelou ao site The Verge fazer constantemente, graças ao uso de um programa de IA.

Escritores estão usando ferramentas de Inteligência Artificial para atender prazos de entrega de obras.
Imagem: Peshkova – Shutterstock

Segundo Lepp, cujo pseudônimo é Leanne Leeds, a ferramenta tornou mais rápida sua produção e, agora, ela pode cumprir seus prazos mais facilmente. Questionada sobre o fato de não ser exatamente ela quem está escrevendo os romances e se isso lhe tira os créditos de suas produções, ela é taxativa. “São apenas palavras. É minha história, são meus personagens, meu mundo. Eu vim com ele. E daí se um computador os escreveu?”.

O programa usado por ela é o Sudowrite, construído no modelo de aprendizado de máquina GPT-3 da OpenAI, disponível para teste para os escritores antes de comprar. Como muitas ferramentas de IA projetadas para criar obras de arte em vários meios com base em prompts, é preciso prática e habilidade para obter trechos utilizáveis de texto — os usuários têm que aprender a comunicar ideias com a IA, tornando o processo algo como uma “colaboração” máquina-humano.

Para autores independentes, como são chamados os escritores que autopublicam suas obras sem vínculo com editoras tradicionais, um mínimo aumento que seja na produção pode trazer grandes retornos financeiros.

No entanto, é um assunto controverso e polêmico. Joanna Penn, romancista e professora de uma oficina de autores que defende e ensina o uso de IA, já recebeu ataques na Internet por conta disso. “Tive mais represálias no último ano da comunidade de ficção do que jamais tive antes”, disse ela, que chegou a deixar o Twitter por um tempo porque estava sendo muito pressionada por profissionais da área.

Escritores a acusaram de substituir sua composição própria por um “botão mágico que cria um romance” e de divulgar uma tecnologia que os spammers podem usar para “inundar” a Amazon com livros de “linha de produção em massa”. 

Para Penn, a realidade é que a IA está avançando independentemente de os romancistas quererem, e eles podem optar por usá-la ou não. De acordo com o site Futurism, quantos escritores vão assumir a IA e como isso pode afetar as vendas de livros no futuro é uma pergunta sem resposta, mas uma coisa é certa: a narrativa de IA já está entre nós, independentemente de como nos sentimos sobre isso.

Fonte: olhardigital.com.br

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