Guedes reconhece “Debandada” da equipe, mas se mantém firme

Por: Renato Riella

Ministro Paulo Guedes, da Economia, confirmou ontem que está sofrendo “debandada” na sua equipe, diante da dificuldade de dar ritmo a algumas propostas importantes. Mas ele permanece firme e demonstra fixação na meta de conseguir aprovar, ainda este ano, a Reforma Tributária.
Desta vez, saíram do Governo os secretários especiais de Desestatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.

Antes, saiu o Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que será o economista-chefe do BTG Pontual, a partir de janeiro.

Salim Mattar desistiu de trabalhar no Governo porque “a privatização não está andando”. Paulo Uebel ficou insatisfeito com o adiamento para 2021 da Reforma Administrativa.

Há expectativa no Banco do Brasil, onde o executivo André Brandão ainda não confirmou seu nome para presidente da instituição.

ENTROSAMENTO – Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, visitou ontem o Ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia. Depois do encontro, o deputado afirmou que não vai pautar a prorrogação de estado de calamidade pública para além de 31 de dezembro de 2020.

Segundo explicou, corroborado pelo Ministro, isso poderia comprometer as contas públicas a partir do próximo ano. Para ajudar na retomada econômica no pós-pandemia, a Câmara deve retomar os debates sobre o gasto público.

Na fila, estão três Propostas de Emenda à Constituição (PECs). Além da chamada PEC do pacto federativo, que trata da divisão de recursos entre União, estados e municípios, estão na lista a PEC emergencial, que cria gatilhos para medidas de contenção de gastos públicos em momentos de crise, e a PEC dos fundos, que extingue fundos públicos em vigor e redireciona a receita.

O Ministro da Economia declarou que não apoia eventuais medidas para furar o teto de gastos do governo, limite estabelecido na Constituição em 2016.
Guedes reafirmou que não há apoio para uma eventual tentativa de furar o teto de gastos do governo para garantir investimentos públicos no país. “Não haverá nenhum apoio do Ministério da Economia a fura-tetos. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com ministro fura-teto”, disse.

Imagem: IG Economia

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