Atualmente, Oliveira também atua como diretor do Centro para Respostas a Epidemias e Inovação (Ceri), na África do Sul, e lidera um consórcio de cerca de 50 cientistas que colocaram o país sul-africano na ponta dos estudos genômicos do coronavírus, capazes de identificar novas cepas. A Nature não só comemora o feito do brasileiro e de sua equipe como também ressalta a rápida identificação da variante e o amplo anúncio da descoberta.
A Ômicron se tornou a variante dominante no continente africano e, segundo projeções, também deve dominar os casos de coronavírus na Europa até meados de janeiro.
O ranking da Nature é divulgado anualmente após seleção feita pelos editores da revista, uma das mais renomadas do mundo no meio científico. O objetivo é destacar os indivíduos que mais contribuíram com a ciência durante o ano.
Nas redes sociais, Oliveira agradeceu o reconhecimento e ressaltou que trabalhos prévios com epidemias no Brasil, como a da zika, dengue, chikungunya e febre amarela, contribuíram para sua formação.
Além de Oliveira, outros três cientistas na lista estão ligados ao combate à covid-19. São eles: Winnie Byanyima, engenheira de Uganda e diretora do Unaids; Meaghan Kall, epidemiologista britânica; e Janet Woodcock, chefe da FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos.
Outros três pesquisadores de novas tecnologias, com enfoque em inteligência artificial, também integram o top 10. São eles: o etíope Timnit Gebru, o norte-americano John Jumper e o francês Guillaume Cabanac.
Completam a lista da Nature a cientista Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente em Londres; Zhang Rongqiao, engenheiro espacial chinês; e a enfermeira filipina e ativista de direitos indígenas Victoria Tauli-Corpuz.
Fonte: clicrbs.com.br
Imagem: Tulio de Oliveira é brasileiro e, atualmente, é diretor do Centro para Respostas a Epidemias e Inovação (Ceri), na África do Sul
Rogan Ward/ Nature / Reprodução/ Top10Nature