O mercado de computadores no Brasil teve um crescimento de quase 20% no primeiro trimestre de 2021, em comparação com os três primeiros meses do ano passado, registrando um total de 1.772.417 máquinas vendidas. Os dados são de um levantamento feito pela IDC Brasil, divulgado nesta segunda-feira (28).
Conforme a pesquisa, a quantidade de PCs vendidos representa um aumento de 19,7% em relação a 2020, cujos números já haviam sido considerados bons. O mercado corporativo teve a alta mais expressiva, de 24,4%, respondendo por 681.930 máquinas comercializadas, enquanto o varejo teve crescimento de 17% (1.090.487 unidades vendidas).
Ainda segundo o estudo “IDC Brazil PCs Tracker 1Q2021”, os notebooks continuam sendo os preferidos do consumidor final. Do total de vendas na rede varejista ao final do primeiro trimestre, 944.753 unidades eram laptops, enquanto as outras 145.734 foram de desktops.
Para o gerente de pesquisa e consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil Reinaldo Sakis, a alta na venda de notebooks e desktops tem relação com o trabalho remoto. Por conta da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, as empresas continuam a investir no home office em 2021, “repetindo o movimento do início da pandemia”.
Preços em alta e falta de componentes
Os preços de computadores também aumentaram neste primeiro trimestre devido ao impacto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em 2020, computadores e notebooks custavam R$ 3.146 e R$ 3.692 em média, respectivamente.
Agora, os valores médios saltaram para R$ 3.842 (alta de 22,1%) e R$ 4.450 (aumento de 20,5%). Com o aumento na quantidade de unidades vendidas e nos preços, a receita do mercado brasileiro de computadores chegou a R$ 6,6 bilhões, crescendo 45,9%.
Outro tema abordado na pesquisa foi a falta de componentes, mantida desde o ano passado. Segundo a consultoria, a situação pode se prolongar até 2022, atrapalhando mas não impedindo o crescimento do mercado.