A nova carreira de analistas de tecnologia da informação do governo federal mexe na remuneração da categoria: são 20 níveis, com inicial de R$ 11.150 e final de R$ 21.600.
O governo ainda precisa encaminhar o projeto de lei com as mudanças ao Congresso Nacional – o texto também vai mexer nas carreiras dos técnicos em políticas sociais (ATPS), Funai e Agência Nacional de Mineração.
Mesmo assim, os novos termos valerão para os aprovados no concurso público com 300 vagas, previsto para 2024, parte do concurso nacional unificado, além dos 429 ATIs da ativa – que hoje têm remuneração entre R$ 9 mil e R$ 13 mil.
A nova carreira também é uma tentativa de dar maior atratividade ao cargo de TI na administração federal. A última vez que o governo fez concurso, abriu também 300 vagas, mas só 190 foram preenchidas.
Para a associação dos analistas de TI, culpa da diferença de remuneração com o setor privado e com outras carreiras da administração pública. A entidade tentou convencer o Ministério da Gestão a elevar o inicial para R$ 16 mil, sem sucesso.
“Não foi uma proposta boa, longe de ser justa e ideal levando em consideração o cenário atual de carreiras de tecnologia no Brasil. Mas foi razoável e a categoria optou por aceitar. Mostra, porém, que o governo quer perfil digital ‘júnior’ e o risco é de outro concurso fracassado”, diz o presidente da Anati, Thiago Aquino.