O Futuro é Criativo e o DF tem o seu Lugar!

Futuro: Em um nundo impactado por todos os lados pelo avanço de tecnologias disruptivas, entre as quais a inteligência artificial, o que esperar do futuro do trabalho, do futuro dos negócios, do futuro da sociedade humana em suas diversas formas de expressão?

O surgimento do Chat GPT 4 da Empresa Open Ai que emula a linguagem humana com mais de 1 trilhão de parâmetros de machine learning (aprendizagem de máquina) já é capaz de causar arrepios pela capacidade de elaboração de artigos científicos, desenvolvimento de programas de software, websites, classificar-se entre os primeiros lugares em concursos como o equivalente ao da OAB dos EUA ou nas Universidades mais exigentes do mundo. Outras inteligências artificiais voltadas ao segmento audiovisual, a pintura e a produção musical também impressionam pela velocidade e qualidade com que produzem suas obras. Chega a ser assustador. Diante desse cenário, há futuro para os criativos?

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O Mercado Criativo no Brasil:

Atualmente, esse  segmento responde por aproximadamente 7% do PIB mundial. O mercado brasileiro particularmente tem apresentado um grande crescimento nos últimos anos. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), em 2019, esse setor movimentou cerca de R$ 171,5 bilhões e gerou mais de 1,5 milhão de empregos no país.

Os principais segmentos da economia criativa no Brasil são o audiovisual, design, moda, música, publicidade, arquitetura, artesanato e gastronomia. O audiovisual é o segmento que mais se destaca, representando cerca de 34,8% do volume de negócios da economia criativa brasileira.

As perspectivas de futuro são promissoras. De acordo com estudo da  Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, estima-se que o mercado das áreas da economia criativa tenha crescido cerca de 4,6% ao ano até 2022, o que demonstra o potencial de expansão desse setor.

Além disso, a economia criativa tem se mostrado uma importante aliada no desenvolvimento econômico e na geração de empregos, principalmente em tempos de crise. Com a digitalização e a globalização, as oportunidades nesse mercado tendem a aumentar cada vez mais.

No entanto, é importante destacar que ainda há muitos desafios a serem enfrentados para que esse setor cresça ainda mais. A falta de investimento e de políticas públicas específicas são alguns dos obstáculos a serem superados.

Em suma, o mercado brasileiro das áreas da economia criativa tem apresentado um grande potencial de crescimento e de geração de empregos. Os principais segmentos são o audiovisual, design, moda, música, publicidade, arquitetura, artesanato e gastronomia. As perspectivas de futuro são promissoras, mas ainda é preciso superar os desafios para que esse setor se desenvolva ainda mais.

Brasília e o World Creativity Day

O dia internacional da criatividade é celebrado mundialmente em 21 de Abril desde que foi instituído pela ONU em 2017. A grande inspiração nasceu de uma amizade entre o economista John Anthony Howkins e o brasileiro Lucas Foster. Psicólogo e ativista, ambos dedicados ao tema da Economia Criativa, termo forjado por Howkins. Lucas convenceu a ONU e desde então, nessa data, centenas de cidades ao redor do globo celebram a criatividade humana.

Nesse ano de 2023, Brasília e mais de 120 cidades em 19 países realizaram uma intensa programação comemorativa nos dias 20, 21 e 22 de Abril. A convite da organizadora local, Ana Paula Bessa, tive o privilégio de realizar uma Palestra seguida de um Painel, com o tema: “O Impacto da Inteligência Artificial nas áreas da Economia Criativa”. Contei com representantes brasilienses do mais alto nível nessa troca de idéias: Marcus Ligocki, cineasta premiado internacionalmente, Ralfe Braga, artista visual que encanta nossa cidade com suas obras, Cris Kozovits, Ghost Writer e  expoente na produção de conteúdos literários. Tanto os painelistas quanto a platéia presente concordaram que há uma clara distinção entre ferramentas generativas e criatividade genuína. Sensibilidade, emoção, arrepios, encantamento, alegria, jamais deixarão de ser o diferencial que distingue  o humano das máquinas.

Radiografia do Mercado Criativo do DF

Considerando a velocidade com que esse mercado avança e a intensidade das interações em torno dele, parece que o futuro ainda será bastante humanizado.

Segundo estudo desenvolvido pela Universidade Católica de Brasília sob encomenda da Câmara de Negócios da Economia Criativa, o segmento movimentou mais de R$ 9 bilhões no Distrito Federal em 2022. A renda média dos 90.000 Agentes Criativos do DF é de R$4.000,00/mês, considerada a maior do país. O setor é responsável por 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do DF. Mais de 90.000 agentes criativos entre profissionais e empresas formam a cadeia produtiva setorial com a predominância dos seguintes domínios de negócios: Publicidade (13.096), Moda (3.324), Audiovisual (2.378), Pesquisa/Educação (1.550), Turismo (1.498), Eventos (1.083), Arquitetura (1.082), Software (855), Gastronomia (590), Mídias (360). Essas atividades estão distribuídas nas seguintes localidade: Plano Piloto (4.869), Ceilândia (2.493), Taguatinga (2.440), Águas Claras (1.970), Guará (1.663), Samambaia (1.610), sobradinho (1.098), Gama (1.002).

BRASÍLIA 63 ANOS - YouTube

A saga de Juscelino Kubitscheck, completou 63 anos e ela é por si o resultado da visão, do empreendedorismo e do espírito alegre e boêmio de um Presidente Bossanova, que se apoiou na poesia, na arquitetura e nas artes para projetar o futuro de nosso país. Não é por acaso que em 2017 a UNESCO concedeu o título de Cidade Criativa do Design para Brasília por reconhecer a qualidade dos serviços e equipamentos em áreas como design, artesanato, gastronomia, cinema, literatura e música da cidade.

O futuro do DF reserva muitas possibilidades e elas passam necessariamente pela economia criativa e pela economia digital, capazes de promover uma transformação consistente em nossa matriz econômica e social. É urgente que se conscientize e promova o empreendedorismo capaz de reduzir nossa dependência dos empregos públicos e do repasse do Fundo Constitucional, motivo pelo qual considero digno de aplausos o Estudo da Câmara de Negócios da Economia Criativa sob a coordenação do Professor Alexandre Kieling da Universidade Católica de Brasília. É importante saber que na Brasília Capital da Esperança, o futuro além de ser virtual, também segue concreto e sobretudo, muito, muito Criativo.

Gilberto Lima Junior (@gilbertonamastech) é Humanista Digital, Futurista, Presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social e do Conselho Curador da Fundação Assis Chateaubriand. Palestrante da Franquia Internacional TEDx – TED Talks, Campus Party, Innova Summit, World Creativity Day, Sebrae Inova e de diversas empresas públicas e privadas.

Por: Gilberto Lima Jr.
Fonte: O Futuro é Criativo e o DF tem o seu Lugar! – O Futuro já Começou (correiobraziliense.com.br)

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