Por Joelson Vellozo Jr* – De tempos em tempos testemunhamos grandes mobilizações e o comprometimento de diversas organizações que realizam campanhas de conscientização que estimulam milhões de pessoas a pensarem sobre a segurança viária. Seja durante campanhas ou após fatos com grande repercussão. Essa mobilização conjunta prova duas teses básicas, mas frequentemente esquecidas: a primeira é, que nenhum problema complexo pode ser resolvido de forma simplória por nenhum protagonista isoladamente. A segunda é, que nem todo problema público requer uma resposta exclusivamente estatal.
No caso do trânsito e da segurança viária, ambas as teses são pertinentes. E a consequência prática disso é que a solução deve ser coletiva e envolver não apenas o poder público, mas também as empresas e organizações da sociedade civil que lidam com o trânsito todos os dias. Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, em que a revolução dos dados e da personalização está acontecendo a todo instante, chegou a hora de colocar o motorista no centro das nossas atenções. E isso significa olhar para ele numa perspectiva 360 graus.
O trânsito nos impacta diariamente. Nossa mobilidade nas cidades, nossa produtividade no trabalho e nosso tempo livre e de lazer em família são todos dependentes de um trânsito fluido, seguro e inteligente. Passamos horas do nosso dia dentro do carro, mas ainda mais tempo fora dele. E é neste momento, fora do veículo, que nós, motoristas, mais sofremos as consequências de uma vida com muita assimetria de informação, desconfiança, pulverização de soluções e baixa integração de dados.
Veja, como exemplo, o que acontece conosco quando compramos um carro, contratamos um seguro ou um financiamento, quando estamos no mecânico ou quando, simplesmente, precisamos resolver pendências de documentação. Nestes contextos, faltam dados e transparência que nos tragam segurança e, com frequência, temos dúvidas se tomamos a melhor decisão para nós e para nosso veículo.
Mas, simplificar a vida do motorista já é possível por meio da tecnologia e uso de dados. O Waze já é um exemplo antigo e muito popular de como a tecnologia aplicada em tempo real pode melhorar a experiência no trânsito. Já o Gringo, é um exemplo mais recente e igualmente popular de como podemos ter paz mental dentro e fora do trânsito, reunindo, em um só lugar, informações sobre documentação e multas, tributos e outros serviços, como seguro e empréstimo, em um Super App, que auxilia o motorista a resolver seu dia a dia de maneira simples.
Trata-se de uma situação ganha-ganha-ganha: a integração da tecnologia e do uso inteligente de dados no setor de transporte tem o potencial de transformar a experiência de dirigir e de se relacionar com o veículo, mas, também, de melhorar a eficiência de órgãos públicos e de gerar inovações no mercado. O benefício concreto disso em números? R$60 bilhões de reais anualmente devolvidos à sociedade, segundo estudo recente liderado pelo Gringo e conduzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
O veículo já tem sido, há anos, o foco das inovações da indústria que geraram conforto, bem-estar e segurança. Mas, chegou a hora do motorista! Eu e você, pessoas que, no trânsito, assumimos vários chapéus ao longo do dia: somos motorista, pedestre, passageiro, ciclista etc. Precisamos de paz mental para viver o trânsito de forma mais segura. Para isso, queremos ser vistos de forma ampla, atenta e personalizada.
Portanto, que a força dessas mobilizações siga ao longo do ano, atraindo para a mesa todos os envolvidos e interessados em promover a melhoria do trânsito de ponta a ponta. No último mês, o Maio Amarelo trouxe a reflexão: “A paz no trânsito começa por você!”. Nós, do Gringo, queremos um pouco mais: que a paz no trânsito comece e termine em você. Que você receba de volta o respeito, a generosidade e os bons hábitos que pratica. E que, assim, o trânsito seja o palco de uma espiral positiva, todos os dias.
*Diretor de Public Affairs do Gringo.