A União Internacional de Telecomunicações adotou uma proposta da Anatel como recomendação para o desenvolvimento de estratégias nacionais relacionadas à internet das coisas. Apresentado ainda em 2019 e aprovado em 27/5, trata da ‘Estrutura para um plano mestre do ecossistema de internet das coisas’.
O framework define IoT como “uma infraestrutura global para a sociedade da informação, permitindo serviços avançados interconectando coisas (físicas e virtuais) com base em tecnologias de informação e comunicação interoperáveis, existentes e em evolução”. E expressamente “visa definir um quadro para ajudar os Estados-Membros na priorização de verticais para o desenvolvimento do ecossistema IoT”.
Naturalmente, o primeiro passo de qualquer estratégia de IoT envolve a garantia de conectividade. “Uma das etapas importantes é uma avaliação da infraestrutura de telecomunicações, como transporte de dados e redes de acesso, e identificação forças e carências estruturais que podem impactar as aplicações de IoT.”
Como verticais a serem exploradas, a UIT aponta para veículos, saúde, comércio, cidades, edificações, rural, indústria e logística. E além de considerações sobre cada uma delas, a recomendação alinha diversos pontos que precisam ser levados em conta nos planos nacionais, notadamente sobre espectro, dispositivos, interoperabilidade, segurança e privacidade de dados.
Como defende a UIT, “o posicionamento estratégico permitirá ao país definir fatores críticos de sucesso e priorizá-los. Em termos de ecossistema IoT, a definição de um posicionamento estratégico representa um passo importante para direcionar os esforços do país e mobilizar o atores principais para alcançar os objetivos relevantes”. Nessa linha, o documento aponta para diferentes posicionamentos:
Grupo 1: países que buscam liderança global, tanto no desenvolvimento quanto na implementação de IoT;
Grupo 2: países que buscam a liderança em setores específicos, escolhendo desenvolver distintamente um número limitado de verticais;
Grupo 3: países que buscam o uso de IoT para aumentar a competitividade e gerar bem-estar para a população, como alavanca para aumentar o competitividade da indústria local, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida dos população; e
Grupo 4: países que buscam melhorar a qualidade de vida por meio do apoio da IoT, focados no desenvolvimento da IoT em cidades inteligentes.
Fonte: convergenciadigital