CNJ libera versão mais segura para acesso ao Processo Judicial Eletrônico

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma nova versão do sistema PJeOffice. Segundo o CNJ, a versão Pro acrescentou funções de escritório e tornou o acesso ao Processo Judicial Eletrônico mais fácil e seguro. Atualmente, o PJeOffice Pro pode ser utilizado em 73 dos 92 tribunais brasileiros.

De acordo com o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTI), Thiago Vieira, a atualização do PJeOffice ocorreu a partir de uma demanda nacional que buscava aumentar a segurança dos acessos. “O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que compartilhava as mesmas preocupações, se apresentou para construir conosco essa nova ferramenta”, pontuou.

Desde a concepção até os testes finais, o projeto do PJe Pro teve uma duração aproximada de um ano. Antes mesmo do lançamento oficial, o CNJ lançou algumas versões preliminares para serem testadas no TRF3 e no Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), em ambientes controlados. “Era fundamental garantir que na disseminação nacional, o programa atenderia às necessidades dos usuários. Para isso, lançamos um programa que seja fácil de usar e atualizar, por parte de pessoas que não necessariamente estejam vinculadas ao Poder Judiciário”, explicou Thiago.

A implementação é uma parceria com o TRF3. O juiz federal da 3ª Região, Felipe Raul Borges Benali, coordenador do grupo responsável pela atualização, ressaltou a importância da colaboração de outros tribunais para o desenvolvimento do novo programa. “Recebemos colaborações relevantes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Os órgãos nos auxiliaram a aperfeiçoar a compatibilidade com fluxos específicos e certificados digitais que ainda não tínhamos mapeado”, declarou.

O PJeOffice é uma plataforma que existe há cerca de 10 anos, que faz a interação e confirma o certificado digital do usuário para ele tenha acesso facilitado aos sistemas processuais. O sistema anterior se encerrava na assinatura digital. “Ao longo do tempo, o PJe Office foi atualizado diversas vezes. A grande preocupação do CNJ era garantir um ambiente ainda seguro, antifraude, e ao mesmo tempo fácil e mais completo para o usuário”, disse o magistrado.

Entre as inovações está a modificação no trâmite de inclusão de vídeos nos processos. Anteriormente, o sistema só aceitava mídias de no máximo 100 MB, o que obrigava advogados a fazer o corte dos arquivos em outra ferramenta e fazer o upload, um por um, para conseguir a assinatura digital. Agora, essa funcionalidade já está embutida no PJe Office Pro. Ou seja, o usuário pode selecionar o arquivo inteiro e indicar em quantas partes ele deve ser dividido.

Com as novas facilidades, o PJeOffice Pro traz ainda uma maior compatibilidade com sistemas operacionais Windows, MacOs e Linux, além de acrescentar “funções de escritório”, melhorias de usabilidade, eficiência, estabilidade e segurança. “Os diversos sistemas operacionais eram aceitos pela antiga versão. No entanto, havia uma complexidade que foi eliminada por esta versão”, afirmou o juiz.

Disponibilizado gratuitamente pelo CNJ, o novo software é destinado tanto a servidores e membros do Poder Judiciário, quanto a advogados, procuradores, defensores públicos, membros do Ministério Público, peritos, tradutores e intérpretes.

* Com informações do CNJ

Fonte: CNJ libera versão mais segura para acesso ao Processo Judicial Eletrônico – convergenciadigital

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